A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, Djamila Cabral, reiterou hoje que o processo de vacinação em curso no país está no bom caminho, cuja meta é proteger a população. Assim, quem já foi vacinado… está vacinado e, pasme-se, a finalidade é proteger a população. Quem diria?
Djamila Cabral disse que Angola preparou-se desde muito cedo para receber as vacinas “e desde o dia 2 de Março que iniciou o processo de imunização e que qualidade da organização tem vindo a aumentar.
A responsável considera que a vacina deve ser considerada como um bem comum. “A OMS vai continuar a fazer a advocacia e convencer o mundo a aceitar que as patentes devem ser levantadas e permitir que, as vacinas possam ser fabricadas em qualquer parte do globo”, sublinhou.
Djamila Cabral que falava em entrevista à TPA, durante a administração da segunda dose da vacina contra a Covid-19, no posto de rendimento do Paz Flor, em Luanda, indicou que, existe ainda, uma distribuição desigual das vacinas.
Em África, informou, há cerca de 24 milhões de pessoas vacinadas e no mundo seis biliões de pessoas já tomaram a vacina. “O continente africano já vacinou 1,5 por cento da população, enquanto no resto do mundo cerca de 20 por cento já estão imunizadas”, detalhou a representante da OMS.
Ora então, comparando os 1,5 por cento num lado e os 20 por cento no outro, é caso para abençoar a afirmação de Djamila Cabral: “Programa de vacinação em Angola está no bom caminho”.
A pandemia de Ccovid-19 já causou a morte a pelo menos 3.465.398 pessoas no mundo, e mais de 166.741.960 casos de infecção, segundo o último levantamento realizado pela agência France Presse (AFP) com base em dados oficiais, advertindo que reflectem apenas uma fracção do total real de contágios. Segundo estimou a OMS, considerando o excesso de mortalidade directa e indirectamente vinculado à Covid-19, o balanço da pandemia pode ser duas a três vezes maior do que o registados oficialmente.
Os Estados Unidos mantêm-se como o país com mais mortes e casos acumulados (589.893 e 33.117.770, respectivamente), seguindo-se o Brasil (449.068 mortes e 16.083.258 casos), a Índia com (303.720 óbitos e 26.752.447 infecções), o México (221.647 mortes e 2.396.604 casos) e Reino Unido (127.721 óbitos e 4.462.538 contágios).
A Europa totaliza esta segunda-feira 1.122.934 mortes e 52.444.389 casos, a América Latina e Caribe 1.009.016 vítimas mortais e 31.894.421 infecções, os Estados Unidos e Canadá 615.117 mortes e 34.476.257 casos, a Ásia 448.446 óbitos e 34.697.467 infecções, o Médio Oriente 140.354 mortes e 8.420.847 casos, e África 128.437 falecidos e 4.761.090 pessoas contaminadas.
África registou mais 322 mortes e 7.775 infectados com Covid-19 nas últimas 24 horas, contabilizando 128.463 óbitos, 4.759.772 casos e 4.303.326 pessoas recuperadas desde o início da pandemia, segundo os dados oficiais do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
A África Austral continua a ser a região mais afectada, com 2.041.133 casos e 63.912 óbitos, destacando-se a África do Sul, com 1.635.465 infecções e 55.802 mortes. O Norte de África é a segunda zona mais atingida, com 1.436.260 infectados e 43.242 vítimas mortais, a África Oriental contabiliza 640.718 infecções e 12.425 mortos, enquanto na África Ocidental o número de infecções é de 470.407 e o de mortes 6.196. Na África Central, os casos de infecção são 171.254 e há 2.688 óbitos registados.
O Egipto, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 14.721 mortes e 253.835 infectados, seguindo-se a Tunísia, com 12.236 óbitos e 335.345 casos, e Marrocos, que contabiliza 517.023 casos de infecção e 9.122 mortes. Entre os países mais afectados estão também a Etiópia, com 4.076 vítimas mortais e 269.194 infecções, e a Argélia, com 3.549 óbitos e 126.860 infectados.
Nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Moçambique regista 831 mortes e 70.590 casos, seguindo-se Angola (725 óbitos e 32.441 casos de infecção), Cabo Verde (254 mortos e 29.334 casos), Guiné Equatorial (113 óbitos e 8.436 casos), Guiné-Bissau (68 mortos e 3.751 casos) e São Tomé e Príncipe (35 mortos e 2.335 casos).
Na Europa, a Alemanha teve 2.682 infecções e 43 mortes, nas últimas 24 horam, continuando com a incidência acumulada a sete dias a cair, tendo agora 62,5 novas infecções por 100 mil habitantes, em comparação com os 64,5 de domingo e os 83,1 da passada segunda-feira.
O número máximo de infecções na Alemanha foi registado a 18 de Dezembro, com 33.777 novos casos num dia e o número de óbitos em 14 de Janeiro, com 1.244. A incidência atingiu o pico em 22 de Dezembro, com 197,6 casos/100.000 habitantes.
A Alemanha acumula 3.651.640 positivos e 87.423 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. No domingo, 3.304 pacientes foram internados nas unidades de cuidados intensivos (55 menos do que no dia anterior). Em 24 horas, as unidades de cuidados intensivos receberam 129 novos pacientes com Covid-19 e 66 dos que estavam internados morreram.
Até sexta-feira, 11.343.644 pessoas na Alemanha (13,6% da população) tinham recebido vacinação completa e 33.142.439 (39,9%) apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
O Japão abriu esta sexta-feira em Tóquio e Osaka os primeiros centros de vacinação em massa contra a Covid-19, para acelerar a campanha no país, quando faltam dois meses para o arranque dos Jogos Olímpicos. O país reportou no último dia 5.041 novos casos e 84 mortes, passando a totalizar 714.274 pessoas infectadas e 12.236 óbitos.
Geridos pelo exército, os centros vão estar abertos 12 horas por dia, durante três meses, administrando a vacina da Moderna, cujo uso de emergência foi aprovado pelo Governo japonês, que espera vacinar até dez mil pessoas por dia em Tóquio e cinco mil em Osaka, e tentar cumprir a meta de inocular a população com mais de 65 anos (cerca de 36 milhões de pessoas) até finais de Julho. Espera-se a abertura de outros centros deste tipo, mas com gestão municipal, nas próximas semanas.
A campanha de vacinação no Japão só arrancou em Fevereiro e está muito atrasada em relação a outros países, o que gera preocupação dentro e fora do país, quando faltam dois meses para o início dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, previsto para 23 de Julho. Segundo os dados mais recentes, até sexta-feira só 5% da população tinha recebido pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.
A 13 de Maio, o Sindicato Nacional de Médicos Japoneses apresentou uma petição ao Governo a pedir o cancelamento dos Jogos Olímpicos, alegando o risco elevado de propagação de novas variantes de Covid – e lembrou que os médicos estão a trabalhar acima das suas capacidades para dar resposta à pandemia, acusando o Governo de querer reduzir o número de profissionais de saúde disponíveis, ao serem destacados para a competição.
A Índia registou 4454 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, tornando-se no terceiro país a ultrapassar as 300 mil mortes desde o início da pandemia (303.720), depois dos Estados Unidos e do Brasil, e com 50 mil óbitos em menos de duas semanas. No último dia o país registou 222.315 novos casos, numa redução gradual face aos mais de 400 mil contágios diários no início deste mês, totalizando mais de 26,7 milhões.
A Índia está a braços com uma segunda vaga com um impacto sem precedentes no sistema de saúde, com falta de oxigénio e de camas, tendo actualmente mais de 2,7 milhões de casos activos.
A grave crise sanitária atrasou a campanha de vacinação, com vários estados a criticarem as limitações no fornecimento das vacinas. O total de doses administradas ronda os 196 milhões, de acordo com os dados actualizados diariamente pelo Ministério da Saúde indiano, aquém do objectivo anunciado de vacinar 300 milhões de pessoas até Julho.
Os Estados Unidos da América reportaram 218 mortes provocadas por cCovid-19 e 13.293 novos casos nas últimas 24 horas, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. Com 589.883 óbitos desde o início da pandemia, os EUA continuam a ser o país com mais mortes e também com mais casos no mundo, com um total acumulado de mais de 33,1 milhões (33.115.948).
O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington, em cujos modelos de projecção da evolução da pandemia a Casa Branca se baseia com frequência, previu cerca de 610 mil mortes até 1 de Agosto.
O México contabilizou 50 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o valor mais baixo desde Abril de 2020, elevando para 221.647 o total de óbitos desde o início da pandemia. O país diagnosticou ainda 1274 infecções, acumulando agora 2.396.604 casos.
O México é o quarto país do mundo com mais mortes causadas pela Covid-19, depois dos EUA, do Brasil e da Índia, e o 15º em número de casos, segundo a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
O país, com 126 milhões de habitantes, iniciou a campanha de vacinação contra o novo coronavírus em 24 de Dezembro, tendo já administrado mais de 26,4 milhões de doses da vacina, com 11,7 milhões de pessoas a terem completado a inoculação.
A China detectou 18 pessoas infectadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, e os casos foram diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro nas cidades de Xangai (leste) e Tianjin (nordeste) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Sichuan (centro), Shaanxi (centro), Mongólia Interior (norte), Heilongjiang (nordeste), Jiangsu (leste), Fujian (sudeste), Gansu (noroeste) e Hunan (centro).
A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos activos é de 325, entre os quais três em estado grave. Desde o início da pandemia, a China registou 90.991 casos da doença e 4636 mortos.
Folha 8 com Lusa